Exaurimos o lugar em que vivemos, revolvemos as entranhas da Terra, amontoamos toneladas de lixo, poluímos as águas, matamos as árvores, extinguimos os animais. E agora, que as consequências da aventura humana se fazem notar, nós, que desrespeitamos a vida, tememos pelo amanhã. Encolhemo-nos assustados: “Que virá?”, perguntamos. Silêncio por resposta. No fundo das consciências, sabemos que a razão para esse estado de coisas é que nos afastamos da natureza, passamos a nos ver separados dos demais seres. Dividimos o Mundo e abrimos um abismo entre nós e o restante da Criação. E, no entanto, por toda parte, a vida nos revela que somos irmãos de todas as criaturas. Em nossas veias corre sangue alimentado por minerais como ferro, potássio, manganésio e zinco. Somos irmãos da terra. Nosso corpo é constituído por mais de 75% de líquido. Somos irmãos da água. A sequência genética revela que nossos genes são semelhantes aos de ratos e outros animais. Somos irmãos – ou pelo menos primos – de todos os bichos. As vitaminas das frutas e vegetais se integram ao nosso organismo e mantêm a vida física. O gás carbónico que expiramos será absorvido pelos vegetais: somos irmãos das plantas e das árvores. No interior de nossos pulmões, o oxigénio transita livre, nutrindo a vida. Somos irmãos do ar. Nosso corpo é formado do mesmo material que estrelas, pássaros, flores e pedras. Então, ser parte da irmandade universal é muito mais que uma bela figura simbólica. Somos verdadeiramente parentes de tudo o que existe. Estamos integrados na Criação de Deus. Astros, plantas e nós somos uma família que está unida na grande caminhada que chamamos vida. Essa imensa integração deveria nos servir de profunda reflexão: será que estamos de facto agindo como irmãos dos outros seres? Agir como irmão é zelar, cuidar, preservar. É assim também que demonstramos nosso amor a Deus: tratando com bondade, compaixão e amor a todas as coisas e seres que Ele criou. No entanto, passamos pela vida desatentos a esses pequenos gestos. É um sinal inequívoco de que precisamos repensar atitudes egoístas. Já não é mais tempo de desperdiçar comida, amontoar lixo desnecessariamente. Já não mais podemos sujar fontes de água. Ou mudamos de atitude agora ou nos tornaremos uma ameaça ao futuro de nossa espécie na Terra. O planeta está exausto e as consequências dos excessos humanos já podem ser vistas: tsunamis, furacões, efeito estufa, aquecimento global. São sinais de alerta de que nosso mundo azul está cambaleante, abatido. É a nossa hora de agir, de demonstrar gratidão a Deus mediante atos generosos, conscientes e responsáveis. Assim, quando nos decidirmos afinal a cuidar do planeta que nos acolhe; quando adotarmos uma postura de responsabilidade perante o mundo em que vivemos; quando nos sentirmos tocados pela compaixão por todas as criaturas, vale a pena lembrar que não estamos fazendo favor algum: é nosso dever. Simples e básico dever. Faça da Terra um lugar muito mais feliz. Não esqueça que nele viverão seus filhos e netos, as gerações futuras. Ou você mesmo, em uma próxima existência.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
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5 comentários:
14 Nov 08, 05:28
Erwin:
Nossa! o Leo é mesmo...
14 Nov 08, 05:27
Leo:
MEIGA: Tenho crteza d k és o meu anjo e talvez esta seja a ultima chance k tenho d conkstar vcê por isso, mesmo corendo risco d parecer bobo, chato e ñ ser prdoado plo slencio eu t peço “fica comigo'
15 Nov 08, 10:10
Doray:
Entre as coisas mais preciosas da vida,a sua amizade com certeza faz parte! Adoro-te MUUUUUU!
15 Nov 08, 12:25
Leo:
恋人ハロー!私は悪いことしただけのmsnのまま!
15 Nov 08, 12:02
Erwin:
Disse inteligentemente uma amiga:''Nao se pod pensar assim do casamento, nao da vida, podemos ser solteiros e felizes, e nao se contaminar, so ter principios e saber levar a vida, ninguem é criança''
20 Nov 08, 17:12
Renato - Maputo:
Gostei lindas palavras, bem construtivas.Bjs
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